sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

18/11/2004

Ao assistir o filme, lembranças invadiram o ambiente sem pedir licença. Isso não é música para criança ouvir. Isso não se deve fazer. Isso não se deve olhar. Isso não se deve sentir. Isso não se deve pensar. Irromper, essa é a ordem. Incessantemente, com todos os dissabores e sabores que rodeiam. Conseguir falar da sua morte sem sentir a dor de quem não pôde falar por muito tempo. Não é a intenção assustar ou chocar. Mas tornar comum. Coisas não faladas, não sentidas, tomam proporções gigantescas. Acabam por não caber em nós. E o que não se usa, azeda. Vomitar. E gozar da liberdade e alívio do depois.

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