quinta-feira, 2 de setembro de 2010

BÁLSAMOS

Quero um bálsamo para me livrar de uma dor que não é minha, mas me atinge. Bálsamo com cheiro de perfume de criança e gosto de uva verde, como eu sou: ácida e doce. Faço de conta que não é comigo. Brinco de esconde-esconde com minha realidade e influências. Não tem jeito. A regra do jogo diz que no final da brincadeira, todos aparecem, se mostram. E agora? O que fazer? Continuar a brincadeira ou crescer sem perder “la ternura”? Pode ser os dois????? Não consigo me dicotomizar. Gozo em ser toda, em ser completa com minhas falhas. Gelo na barriga ao pensar. Mas no momento, preciso encontrar meu sono. Ter um sonho lindo cheio de sensações, com materiais oníricos repletos de um futuro próximo. Vontades. Muitas vontades. E o que mais gosto de fazer na vida??? Dar risadas e devanear... larará!!!
(T.)

UM DIA (PELO OCO DOS ARRECIFES)

Criando intimidade com o lugar. Fazendo com que o medo dê espaço à fascinação. Saio sem destino. Sem saber onde estou. Só fui indo. Procurando qualquer coisa. O medo de me perder derreteu com o calor do asfalto. Lembranças de músicas invadiam minha mente e meus passos. E não tinha ninguém. Literalmente sozinha no meio do mundo todo. E no presídio sampleado, respirar arte e cuspir capitalismo. Bebam sua água com cólera, às margens do Capibaribe. Onde os peixes habitam fora do rio, oferecendo um colorido triste e melancólico, dentro de sacos plásticos, custando dois reais. Lua grande. Redonda. Suspensa. Comprimindo as quatro em uma só. Clareando com sutileza à noite esperada, onde esperanças se esvaíram com a brisa marítima que ladeava o local. Iceberg na barriga. Nenhuma resposta. Só uma resposta. Indiferença que faz diferença. Não gosto que sejam assim comigo. Amanhã eu volto a pensar sobre isso. Amanhã, porque já tem passado. Não posso ser egoísta. E depois eu confirmo meus achismos baratos, imbuídos num título de que nada adianta, quando eu sou o objeto e são os meus sentidos e sentimentos que estão envolvidos. Espera... só um instante... como se fosse possível controlar pensamento. Sejam bem-vindos ao País das Maravilhas, Fantasias e Impossibilidades. Faz fronteira com o País das Desilusões. E ao acordar, o pesadelo de voltar para o cotidiano se inicia e me amedronta. A volta literal.
29/11/2004 00:51

(T.)

MOMENTO FÚTIL - CABELOS

Nada como um bom corte nos cabelos para aliviar as tensões...
Irei ficar sem cabelos???
(T.)